quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dicionário dos Tipógrafos e Litógrafos Famosos 5


edição publicada em Espanha do Quijote
com gravuras.
IRADIER, MANUEL - Espanhol que nasceu
em Vitória em 1854 e que se licenciou na
Universidade de Valladolid. Apaixonou-se
pela tipografia e pela resolução dos seus
problemas técnicos. Embora a sua relação
com a tipografia fosse de dedicação amadora,
o que é certo é que os seus conhecimentos
gráficos eram de nível profissional o que
facilmente se descobre pela leitura das
diversas obras que escreveu sobre a arte
negra.
De entre as suas obras podem destacar-se a
Estereotipia a la arcilla, Nuevo procedimiento
de grabado, e La Katatipia. Neste último
livro, Iradier propõe uma caixa tipográfica
especial para conjuntos de letras ou pequenas
palavras de uso corrente em castelhano
com a intenção de reduzir o tempo na composição
manual dos textos. Porém, os politipos
eram de difícil e lenta distribuição o que
anulava os ganhos de tempo conseguidos na
composição.
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JAGGARD, WILLIAM - Impressor da rainha
Isabel I de Inglaterra que em 1604
adquiriu uma oficina gráfica em Berbican
que tinha sido fundada por John Charlewood
em 1560. Fez a sua aprendizagem
junto de Henry Denham, trabalhou como
livreiro de 1594 a 1608. Em 1610 ostentava
o título de impressor da cidade de Londres.
Em 1612 ficou cego e por essa época passou
a ser ajudado pelo seu filho Isaac.
Tornou-se famoso pela impressão de obras
de Shakespeare em 1623.
JANNON, JEAN - Hábil gravador de caracteres
francês do século XVII que criou os
chamados caracteres da Universidade os
quais durante muito tempo foram atribuídos
a Claude Garamond.
JANSSON, JOANNES - Impressor alemão e
editor que ficou célebre pela impressão de
qualidade de atlas. Reimprimiu mapas de
John Speed.
JANUSOWSKI, JAN - Considerado o mais
importante tipógrafo polaco do século XVI,
trabalhou em Cracóvia, tendo desenhado
novos tipos polacos e introduzido no país as
gravuras em cobre. Imprimiu as obras do
poeta nacional polaco Jan Kochanowski e,
em 1600, os Estatutos, leis e constituições
do reino da Polónia.
JENSON, NICOLÁS - Impressor, gravador e
livreiro francês, possivelmente nascido em
1419, em Sommevoire (Marne) e falecido em
Veneza no ano de 1480. Jenson foi gravador da
Casa da Moeda de Tours, tendo sido enviado
por Carlos VII a Mogúncia (Mainz) e a Roma
a fim de descobrir os segredos da arte tipográfica
que despontava, e onde é provável que
tenha entrado em contacto com Sweynheym e
Pannartz no convento de Subiaco.
Estabelece-se em Veneza a partir de 1461
onde imprime mais de cento e cinquenta
obras com caracteres que ele próprio fundiu
e cujo tipo de letra ficou denominado de jensionismo.
Jenson adoptou um desenho de
letra próximo do da caligrafia usada na
chancelaria romana, conservando as letras
capitais do período do imperador Augusto e
juntando caracteres minúsculos tornados
mais elegantes com os elementos da letra
chanceleresca. O êxito de Jenson como fundidor
e tipógrafo levou o Papa Sixto IV a
conceder-lhe o título de Conde Palatino. Em
1479 Jenson abandonou a criação de caracteres
e a tipografia para se dedicar só ao ofício
de livreiro. Com esse desígnio fundou a
firma Nicolaus Jenson Sociique, em sociedade
com dois livreiros alemães.
JOBARD - impressor litográfico de origem
francesa que teve um importante papel no
desenvolvimento da impressão litográfica
em Bruxelas. Em 1820 contratou na cidade
de mons Jean-Baptiste Mandou para a
Lithographie Royale, onde se produziram
todas as espécies de trabalhos litográficos
como estampas populares, ilustrações para
livros e retratos.
JUGGE, RICHARD - Impressor real, da
rainha Isabel I de Inglaterra, imprimiu
várias edições do Novo Testamento e deu à
estampa a chamada Bíblia dos bispos de
1568, porque o seu texto foi repartido e
preparado por vários deles.
JUNTA, BERNARDO - Este impressor trabalhou
em Madrid apenas em 1657 e 1658.
Depois da morte de sua mãe, Teresa Junta
tomou a seu cargo a Imprenta Real.
Contudo, o seu nome não aparece nos livros
impressos por esta tipografia cuja produção
foi, aliás, escassa.
JUNTA, FILIPE - Tipógrafo que trabalhou
em Burgos entre 1560 e 1596. Era filho de
Juan de Junta e de Isabel de Basileia. É possível
que tenha trabalha-do como impressor
em Salamanca antes de ter herdado a
tipografia do pai. Como o seu progenitor
estava instalado na praça de Santa Maria
onde imprimiu em 1662 o Libro de albeyteriade
de Francisco de la Reina, Relación verdadera
del recibimiento que la ciudade
Burgos hizo a la Magestad de la Reyna doña
Ana de Austria dado à estampa em 1571,
Lucano traduzido de verso latino en prosa
castellana por Martin Laso de Oropesa, de
1578, Historia de los Reys Godos que
vinieron de la Scilia de Europa contra el
imperio Romano y a España de Julián del
Castillo, impressa em 1582, Constituciones
sinodales del Arzobispado de Burgos de
1587.
Trabalhou associado com o seu genro Juan
Bautista Varesio no ano de 1593 e juntos
imprimem entre outras obras a Chronica del
famoso cavallero Cid Ruy Diez Campeador e
Philosophia moral de principes para su
buena criança y governo de Juan de Torres.
Deve ter falecido entre 1596 e 1598.
JUNTA, JUAN - É o primeiro membro da
família florentina Giunta que se estabeleceu
em Espanha. Teve oficinas gráficas em
Burgos e em Salamanca. Foi casado com
Isabel de Basileia, filha de Fradrique Biel de
Basileia, de quem teve dois filhos, Lucrecia
e Filipe. Depois da sua morte os filhos
tomariam conta dos negócios do pai. A oficina
de Salamanca ficará a cargo de sua mulher
e da sua filha Lucrecia, casada com
Matias Gast. As impressões desta casa
ostentam no colofão a menção Herederos de
Juan Junta. A oficina gráfica de Burgos é
herdada por Filipe Junta.
Juan de Junta iniciou a sua actividade
tipográfica em Burgos no ano de 1527 na
oficina que tinha sido de Fradrique de
Basileia e de Melgar e que naquele ano era
já propriedade de sua mulher.
Acompanhado desta instala-se em
Salamanca onde funda, em 1532, outra gráfica,
em sociedade com Alejandro de
Cánova, com o qual se virá a incompatibilizar
mais tarde.
Entre 1542 e 1557 Juan de Junta está em
França, na cidade de Lyon, ocupado com os
seus diversos negócios, pois que também foi
editor e livreiro. A tipografia de Burgos foi
sucessivamente dirigida por diversos encarregados:
Martín de Eguia, Rodrigo de la
Torre, Alonso de Medina e Juan Gómez de
Valdivieso. Depois, o filho de Juan, Felipe
Junta, tomou conta da empresa. Ali foram
impressos vários livros: em 1527 Las Leyes
de Toro glosadas de Diego del Castillo, em
1528 Castillo inexpugnable defensorio de la
fe de Gonzalo Arredondo, em 1530 Arte para
servir a Dios, de Alonso de Madrid, em
1533, El fuero Real de España, em 1535
Quaderno de las Cortes que en Valladolid
tuvo su magestad e Las cortes de Toledo del
año de mil y quinientos y veynte y cinco
años, em 1547 o Libro del esforzado
caballero Conde Partinuples, em 1550 Norte
de los estudios En que se da regla de vivir a
los Mancebos y a los Casados y a los Biudos
de Francisco de Osuna, em 1552 Vida del
bienaventurado San Amaro, e em 1554
Tratado llamado El Deseoso.
Na Rua Nueva de Salamanca, onde Juan
Junta tinha instalado a sua tipografia,
imprimiu-se em 1532 o Manuale Eccllesiae
Salamantina para além de muitíssimas
obras de Direito, clássicos gregos e latinos,
legislação e textos religiosos. De entre aquelas
numerosas obras podem destacar-se o
Missale ad usum almae ecclessiae Salmanticensis,
Ab urbe condita de Tito Livio,
ambas de 1533, Ordenanzas reales de
Castilla, compiladas por Alfonso Diaz de
Montalvo, de 1541, Tragicomedia de
Lysandro y Rosalía llamada Elicia, por
outro nombre... tercera Celestina, de 1542,
Summulae summuarum aeditio secunda, de
Domingo de Soto, de 1543, Geographia de
Pomponio Mela, também de 1543, Tragicomedia
de Calisto y Melibea de Fernando
de Rojas, ainda de 1543, Libro de Albeyteria,
de Manuel Diez, de 1544, Crónica de las
Indias, de Gonzalo Fernández de Oviedo, de
1547, Sphera, de Johannes de Sacrobosco,
impresso em 1550.
No ano de 1552, a tipografia salamantina de
Juan Junta termina a sua actividade.
Porém, nesse ano ainda imprime as obras de
Xenofonte, Las obras espirytuales de
Serafino da Fermo e Instruction y refugio del
ánima de Diego de Zúñiga. Juan de Junta
faleceu em 1557.
JOFRE, JEAN - Impressor francês, natural
de Briançon ou Briasón, trabalhou em
Valência a partir de 1502 tornando-se no
principal tipógrafo da cidade, pelo menos no
que respeita ao número de obras impressas,
as quais são também de excelente qualidade
tipográfica. O seu primeiro trabalho deve
ser de 1502, e é a Oració molt devota y deprecativa
a la Verge Maria. Depois imprime
muitas outras obras das quais se distinguem
várias edições de Nebrija e La Celestina de
Fernando Rojas. A sua última impressão é
de 1530, In tertium volumen sententiarum,
de Juan de Celaya.
Morreu em 1531, vítima da peste que grassou
na cidade de Valência, tendo a sua oficina
sido arrendada em 1532 a Francisco Díaz
Romano.
JOHNSON, MARMADUKE - Impressor
londrino que foi para Nova Inglaterra
(Estados Unidos da América), tendo chegado
a Boston em Junho de 1660. Começou a
trabalhar juntamente com Samuel Green na
primeira Bíblia impressa na América do
Norte e que foi terminada em 1663. Em
1664 Marmaduke, que havia sido contratado
pela Corporação de Londres pelo período
de três anos, regressa a Inglaterra. Porém,
logo de seguida regressa à América e, impedido
de instalar a tipografia em Boston por
oposição de Green, monta oficina em
Cambridge em 1665. O primeiro livro aí
impresso por Johnson foi o Communion of
Churche, de John Eliot, impresso em 1665.
Em 1674 conseguiu mudar para Boston mas
logo depois faleceu no Natal daquele ano.
JOHNSTON, EDWARD - Calígrafo inglês
que ensinou a partir de 1899 esta arte.
Escreveu em 1906 o livro Writing and
Illuminatin and Lettering, ainda hoje
considerada uma obra de referência muito
apreciada. Foram seus alunos Eric Gill,
Graily Hewitt e Anna Simons. Influenciou
muitos outros calígrafos como Alfred
Fairbank, Paul Standard, Georg Trump,
Berthold Wolpe, Hermann Zapf, Chris
Brand.
JONES, GEORGE W. - Tido por ser um dos
mais importantes impressores ingleses dos
finais do século XIX e princípios do século
XX. Foi empregado em Leicester da empresa
Raithby, Lawrence & Co. onde ensinou
muitos jovens a dominar as técnicas gráficas.
Foi o mentor da ideia de criar em 1887
a British Typographia.
KACHELOFEN, KONRAD - Principal impressor
de Leipzig e talvez o primeiro a trabalhar
naquela cidade alemã, imprimiu mais
de cem obras, sobretudo de pequeno formato.
Deu à estampa várias edições da obra Ars
moriendia a qual já antes tinha sido publicada
utilizando processos xilográficos.
KAMP, JAN - Tipógrafo de Praga do século
XV que abriu oficina gráfica na cidade em
sociedade com um comerciante e que
imprimiu em 1488 a famosa bíblia em checo
conhecida por Bíblia Boemica. A gráfica criada
por este tipógrafo manteve-se activa no
século XVI, tendo sido a primeira oficina
tipográfica estável da cidade de Praga.
KEMPOS, HERMAN de - (ver Campos,
Hermão de)
KEERE, HENDRIK VAN der - Gravador de
caracteres holandês que trabalhou para
Plantin depois da morte de François Guyot.
Gravou para Plantin uma série de bons caracteres,
alguns em corpo grande romano.
Depois da sua morte, em 1580, a sua
fundição passou para um seu antigo aprendiz
Thomas de Vecheter e continuará em
laboração até ao século XVII.
Van der Keere e Guyot foram dos primeiros
a exercer a arte da fundição de forma empresarial,
tendo empregue várias pessoas nas
empresas comercias que criaram.
KIS, NICOLAU - Gravador de caracteres
húngaro, considerado um dos mais notáveis
dos finais do século XVII, princípios do
século XVIII. Nasceu em 1650 e faleceu em
1702. Em 1680 chegou à Holanda onde faz
a sua aprendizagem. Os seus caracteres permitiam
a construção de textos com uma
aparência deslumbrante e imponente. O seu
êxito foi tão grande que chegou a ser
chamado pelo gran duque da Toscana para
ali trabalhar. Porém, prefere voltar à
Hungria onde morre sem obter qualquer
reconhecimento pelo seu trabalho. Os seus
caracteres serão fundidos e vendidos até ao
século XX pela fundição de Leipzig.
KLEUKENS, FRIEDRICH WILHELM -
Artista gráfico e professor germânico que
dirigiu a Ernest Ludwig-Presse em
Darmstadt de 1907 a 1914. Criou quatro
tipos especiais para a gráfica.
KOBERGER, ANTON - Impressor, editor e
livreiro alemão, de Nuremberg, que montou
oficina gráfica nesta cidade e que dispunha
de vinte e quatro prensas e mais de cem
empregados no final do século XV.
As suas obras gráficas patenteiam elevada
qualidade e muitas delas ostentam gravuras
de elevado nível. Albert Dürer foi assessor
artístico de Koberger tendo este impresso o
Apocalipse em 1498.
Da oficina de Anton Koberger saiu em 1475
a primeira Bíblia ilustrada. A obra impressa
por Koberger que maior difusão alcançou foi
o Liber Chronicarum de Hartmann Schedel,
impresso em 1493. Trata-se de uma obra
monumental, em folio, com mais mil e oitocentas
gravuras do artista alemão Michael
Wohlgemuth que foi professor de Dürer.
Anton Koberger desempenhou um papel
importante na difusão do livro tipográfico
na Europa pois na sua qualidade de livreiro
exportava muitos livros que colocava nas
suas livrarias de Paris, Lyon e Toulouse para
além daqueles que vendia em feiras e mercados
especializados.
KOBLINGER, STEPHAN - Tipógrafo que é
indicado como tendo sido o primeiro a
imprimir com tipos móveis na Áustria, em
Viena, no ano de 1482.
KOHEN, GERSHOM - Importante impressor
de obras judaicas em Praga, cuja família
teve actividade gráfica na cidade de 1526 a
1784. Juntamente com o seu irmão Jerome
imprimiu a obra ilustrada Haggadah. Em
1527 obteve privilégio como único impressor
de hebreu na Boémia e essa exclusividade
manteve-se até aos começos da década
de 1600. Com a ajuda dos seus filhos
Solomão e Mordecai imprimiu muitos livros
de orações e o Pentateuco. A família tinha
um agente em Cracóvia e em 1535 vendiam
livros na feira de Frankfurt.
KOENISBERG, JOHANN MUELLER de -
(Ver Regiomontanus, Johannes)
KONIG, WILHELM - (Ver le Roy, Guillaume).
KOSCH, GEORG - (Ver Coci, Jorge)
KOTOR, ANDRIJA PALTASIC de - Impressor
croata que trabalhou em Veneza, também
conhecido por Andreas de Paltasichis
Cattarensis. Montou a sua oficina em 1476,
tendo ao que parece utilizado os tipos de
Jacob de Fivizanno. Sabe-se pouco sobre a
sua actividade mas crê-se que nasceu em
1440 e morreu em 1492. Imprimiu na sua
oficina pelo menos os trinta livros que se
conhecem mas julga-se que a sua produção
foi maior. Trabalhou sozinho mas também
de parceria com um seu compatriota que
veio de Duubrovnik e que é conhecido por
Dobrusko Dobric. Trabalhou também em
Verona e Brescia.
KRANTZ, MARTIN - Tipógrafo de Stein
que foi empregado de Ulrich Gering, de
Constância, e de Michel Friburger, de
Colmar, na primeira tipografia parisiense
fundada por estes últimos, na rua de Saint-
Jacques, ao Soleil d’Or, tipografia que era
independente daquela que os mesmos criaram
na Sorbonne.
KRIMPEN, JAN van - Notável desenhador
de tipos holandês que em 1925 era conselheiro
artístico da empresa Enschedé en
Zonen. Ficou também famoso pelas suas criações
de design para livros e na criação de
selos de correio. Criou os tipos Lutetia,
Romulus, Antigone, Romanée, Spectrum e
Cancelleresca. Faleceu em 1958.
LALLEMANT, FRANÇOIS - Tipógrafo francês
que em conjunto com o seu irmão Adolfo
fundou em Lisboa a tipografia Lallemant,
uma das mais conceituadas da época. Foi
nesta tipografia que se iniciou na arte
tipográfica, Libânio da Silva.
A casa gráfica dos Lallemant começou por
ser uma fundidora de tipos pois um dos
franceses tinha trabalhado na fundidora
Silva & Filhos, antiga Silva e Bezan, na companhia
de outros artistas franceses, Muratet
e Bezan.
LAMBERG, ABRAHAM - Importante impressor
de Lepzig que imprimiu na cidade
de 1587 a 1629. Deu à estampa cerca de 900
títulos e o se nome está ligado à história do
Messkatalog de Leipzig.
LANAJA - Família de impressores que
desenvolveu a sua actividade em Saragoça
desde 1607 até 1648. O membro mais antigo
da família é Juan de Lanaja Quartanet
que trabalha em Saragoça entre 1608 e 1639
imprimindo obras de muita qualidade quer
sobre o ponto de vista literário, quer do da
qualidade gráfica. Ostentou os títulos de
impressor do Reino de Aragão, da Universidade
e do Colégio de San Vicente Ferrer.
De entre os seus numerosos trabalhos
podem evidenciar-se Los cinco libros
postreros de la Segunda parte de los Anales
de la Corona de Aragón, de 1610, cujo autor
é Jerónimo de Zurita, a Historia del glorioso
San Valero, de Martin Carrillo, impressa em
1615, Historia de la fundación y antiguedades
de San Iuan de la Peña de Juan
Briz Martínez, impressa em 1620,
Declaración sumaria de la historia de
Aragón para inteligencia de su mapa, de
1621, da autoria de Lupercio Leonardo de
Argensola, Lágrimas de Zaragoza en la
muerte de Filipo II de Aragón, de 1621, de
Pablo de Rajas, Grammatica de Nebrija, de
1613, Primera parte de la Historia natural y
moral de las aves, de Francisco Marcuello,
impressa em 1617, entre muitas outras
obras. O seu último trabalho deve ter sido
Noble perfecto y Segunda parte de nobleza
virtuosa de Luisa de Padilla, obra impressa
em 1639, ano em que começa a imprimir o
seu sucessor e sobrinho Pedro Lanaja
Lamarca
Pedro herdou, para além da oficina, os títulos
tipográficos do tio. Comparada com a do
seu antecessor, a actividade de Pedro não foi
nem tão brilhante, nem tão extensa. Podem
destacar-se, de entre as obras que imprimiu,
as seguintes: Lágrimas de la nobleza, de
1639, de Luisa Maria Padilla, Historia de
Santo Domingo de Val, impressa em 1643,
de Juan Francisco Andrés de Uztarroz,
Universal método de constrccion y ramillete
de flores latinas y castellanas de 1638,
Tesoro de la lengua latina y española..., de
1646, da autoria de Gaspar Moles Infanzón,
Presagios fatales del mundo francés en
Cataluña, de 1646, de Ramón Dalmau de
Rocaberti.
À sua morte, talvez ocorrida em 1649, os
seus herdeiros continuaram a imprimir
tendo uma grande produção tipográfica.
Jose Lanaja Lamarca, irmão de Pedro, ao
que se supõe, também foi impressor em
Saragoça. A sua actividade foi curta, entre
1656 e 1661. Imprimiu em 1656 a obra Año
espiritual a que se seguiram La V. M.
Catalina de Christo, de 1657, de Miguel
Bautista de Lanuza, Vida de la sierva de
Dios Francisca del Santmo. Sacramento,
carmelita descalza, do mesmo autor, de
1659, Fueros y actos de Corte del reyno de
Aragon, hechos por... la magestad del rey
don Felipe, que se julga ser o seu último trabalho
de impressão.
LANDSBERG, MARTIN - Humanista e
impressor alemão que imprimiu em Leipzig
cerca de sessenta obras, muitas delas de
grandes autores clássicos como Cícero,
Ovídeo, Salustio e Aristóteles, entre outros.
LASTEYRIE, CHARLES-PHILIBERT
Francês que trabalhou na Alemanha como
operário litográfico e depois estabeleceu
oficina em França. Sob sua acção conseguiu
aumentar o interesse pela técnica litográfica
em terras gaulesas chamando a atenção para
ela de artistas como Doré, Lami e Delacroix.
Em 1814 interessa a corte francesa na nova
técnica de impressão e instala oficina em
Paris, na Rua du Bac, a primeira oficina
litográfica da França, razão por que é considerado
o introdutor da nova ténica neste
país.
LAUER, INÁCIO - Mestre fundidor austríaco
que aprendeu a arte na Imprensa
Nacional de Viena e que foi contratado pela
Imprensa Nacional portuguesa quando a
empresa nacional fez uma reformulação da
sua fundição. Em 1858, por ocasião de uma
visita que o rei D. Pedro V fez à Imprensa
Nacional, o monarca concedeu a mestre
Inácio Lauer o hábito de Cristo, distinguindo-
o pela meritória acção desenvolvida na
produção de caracteres tipográficos de
qualidade.
LAURENTII, NICOLAU - Impressor germânico
de Breslau que montou tipografia
em Florença onde imprimiu juntamente com
Johannes Petri da cidade de Mainz.
Também, fez trabalhos gráficos no mosteiro
Dominicano de S. Jacobo de Ripoli.
Imprimiu com ilustrações, em 1477, a obra
de Antonio Bertini, Monte santo di Dio que
o tornou famoso. Também deu à estampa
em 1481 a Divina Comédia de Dante, com
ilustrações gravadas por Baccio Baldini
segundo desenhos de Sandro Botticelli
feitos para uma anterior edição manuscrita.
Foi o primeiro impressor a utilizar gravuras
em metal, em 1477, mas o processo só haveria
de se impor em meados do século XVI.
LAURENTSSON, AMUND - Notável impressor
sueco que trabalhou em Estocolmo
durante mais de trinta anos, de 1543 a
1575. Foi o impressor da primeira obra dada
à estampa em finlandês, o Catecismo do
bispo protestante Miguel Agrícola que foi
aluno de Lutero.
LAVAGNA, FILIPPO - Impressor que se
autoproclamou primeiro impressor em
Milão. Parece, contudo, que o primeiro
impressor na cidade foi Panfilo Castaldi.
Lavagna imprimiu e editou cerca de sessenta
obras.
LEE, GERARD - Um dos mais destacados
tipógrafos dos Países Baixos durante o século
XV. Começou a imprimir em Gouda em
1477 e ali trabalhou até 1484, transferindose
para Antuérpia pois que pensava que esta
cidade lhe oferecia maiores oportunidades
para a sua actividade de impressor do que a
pequena localidade de Gouda. Ao deixar
Gouda levou consigo o material tipográfico
que tinha comprado ao impressor Jcob
Bellaert da cidade de Haarlem. Dentre os
muitos livros impressos por Leeu em Gouda
e Amberes há vários em inglês. Um deles
intitulado Crnycles of the londe of Englod, de
1493 foi o último livro que imprimiu antes
da sua morte prematura ás mãos de um seu
operário, Henricvan Symmen, no decurso de
uma rixa. A sua obra de impressão mais conhecida
foi uma colecção de fábulas intitulada
Dialogus creaturarum moralisatus,
impressa em 1480, ilustrada com 121
gravuras. O êxito desta obra foi tão grande
que o impressor deu à estampa sete edições
em Alemão, Francês e Latim. Foi também
num livro que imprimiu em 1492 que
começa a fazer-se a distinção tipográfica
entre a letra i e o j e entre o u e o v. Foi
enorme a sua produção tipográfica.
LEIDEN, LUCAS de - Gravador holandês
que nasceu em 1489 e faleceu em 1533,
seguidor de Dürer e Marco Antonio
Raimondini, que trabalhou em talhe doce e
em xilogravura, produzindo sobretudo
motivos religiosos, mas também cenas de
costumes e paisagens.
LEMOS, ALEXANDRE JOSÉ VIEIRA de-
Tipógrafo que em Outubro de 1810 obteve
autorização para instalar tipografia na
cidade brasileira de Salvador utilizando uma
pequena máquina de impressão vinda de
Londres.
LEMOS, ANTÓNIO CORREIA de - Impressor
português do século XVIII, que durante
muitos anos imprimiu a Gazeta. Imprimiu,
entre outras obras o Manifesto d’el rei
Estanislau I depois do rendimento de
Dantzick em 13 de julho de 1734, numa
tradução de José Freire de Montarroio
Mascarenhas, e o Methodo facilimo e experimental
para curar a maligna enfermidade do
cancro assim no que pertence à aplicação
dos remedios, como à execução operatoria...
com uma especialissima receita para curar
escropholas, ou alporcas, numa tradução do
francês feita por Anastasio da Nóbrega.
LEPÈRE, AUGUSTE - Gravador francês,
que foi também pintor e desenhador de
renome. Nasceu em 1844 e faleceu em 1918.
Este artista deu uma grande contribuição
para a defesa da madeira tipográfica, onde o
preto e o branco se harmonizam criando o
equilíbrio indispensável na paginação do
livro ilustrado.
LETTOU, JOHN - Também conhecido por
João da Lituânia é considerado o primeiro
impressor em Londres onde trabalhou em
1480. Terá aprendido a imprimir em Roma
de onde trouxe os punções para Inglaterra.
Em 1482 juntou-se a William de Machilinia.
Imprimiu pelo menos cinco livros de
Direito.
LIMA, FRANCISCO MENDES - Tipógrafo
português do século XVIII que imprimiu no
Porto e que ombreia em importância com
Manuel Pedroso Coimbra. Imprimiu intensamente
a partir de 1759, ano em que deu à
estampa o Ramalhete de dúvidas de
Alexandre da Cunha. Imprimiu muitas obras
de vários temas e autores. A sua tipografia
foi a escolhida pelo pioneiro do jornalismo
literário em Portugal, o Padre Bernardo de
Lima, para a impressão da Gazeta Literária.
Da gráfica deste impressor saíram também
duas obras do oratoriano Manuel álvares de
Queirós, Elementa Philosophiae e Instrução
sobre a Lógica. Deu ainda à estampa no
Porto duas edições de O Mestre Francês.
LIMA, TEOTÓNIO ANTUNES de - Tipógrafo
e proprietário da Oficina da Música,
uma das melhores de Lisboa nas primeiras
décadas do século XVIII. Só nos anos de
1736 e 1737 aparecem obras em que o nome
deste impressor surge no colofão. Mas sabese
que em 1720 a Oficina da Música já laborava
imprimindo, por exemplo, a Eleição
entre o bem e o mal eterno do Pde. Alexandre
de Gusmão. A casa gráfica de Teotónio
Antunes de Lima deve ter cessado a actividade
por volta de 1740, ano em que imprimiu
Memórias e observações militares e
políticas, tomo III.
LITUÁNIA, JOÃO da - (ver Lettou, Jonh)
LISA, GERARDUS de - Famoso livreiro e
impressor de Treviso, Veneza e Udine.
Textos clássicos, filosóficos e dos maiores
autores italianos da sua época foram os
principais objectos das suas impressões.
São notáveis os seus trabalhos Il Tesoro de
Brunetto Latini, impresso em 1474, e a
Rudimenta grammaticae de Nicolau
Perottus. Faleceu em Aquileia no ano de
1499.
LOPES, DOMINGOS FRANCISCO - Litógrafo
da Casa Real portuguesa que em 1835
fundou uma oficina litográfica na Rua do
Ferragial de Cima em Lisboa nºs 2 e 4. Ali
trabalharam artistas consagrados. Desta
litografia sairam vários retratos de interesse
como o de D. Pedro IV, rei de Portugal e
imperador do Brasil e que se não encontra
datado mas que foi possivelmente feito
entre 1867 e 1870.
LORENZO, NICOLO di - Impressor de
Florença que em 1477 executou o que se
julga ser o primeiro livro impresso com
gravuras em cobre dado à estampa na
cidade. Trata-se da obra Monte Santo de
Dio, de António Bettini de Siena. Em 1481
concluiu a impressão da Divina comédia
com gravuras de Baldini inspiradas em
Botticelli.
LOTTER, MELCHIOR - Tipógrafo, filho de
um importante editor de Leipzig com o
mesmo nome, que montou oficina de
impressão em Wittenberg onde imprimiu
quatro mil exemplares do manifesto À
nobreza cristã da nação alemã de Lutero, os
quais tiveram tão grande procura que a obra
teve mais quinze edições. Em 1522 Lotter
imprimiu a primeira edição da tradução para
o alemão feita por Lutero do Antigo
Testamento a qual inclui vinte e uma gravuras
de Lucas Cranach.
LOUREIRO, DIOGO GOMES - Também
conhecido por Diogo Gomes foi tipógrafo
em Coimbra a partir do ano de 1600. Tinha
a sua residência e oficina sobre a Sota, ao
arco de Almedina, num prédio que herdara
do sogro, o tipógrafo António de Mariz.
Este impressor obteve, em 1606, dez anos
de privilégio para a publicação da obra
Comentarii Colegii Conibricensis e Societate
Jesu in universam dialectticam dos religiosos
da Companhia de Jesus. Pelo mesmo
período de tempo, obteve privilégio para
imprimir e vender o Manual missado
romano e o Manual missado. Outras obras
impressas por Loureiro foram o Synodo
Diocesano da Igreja e Bispado de Angamale
dos Antigos Christãos de Sam Thorme das
Serras do Malabar das partes da índia
Oriental, impresso em Coimbra em 1606,
Jornada do Arcebispo de Goa Dom Frey
Aleixo de Menezes Primaz da índia Oriental,
também impresso em Coimbra no mesmo
ano, Beneditina Lusitana de Frei Leão de
S. Tomás, Aplausos académicos da Universidade
de Coimbra a El Rei Nosso Senhor D.
João IV. Imprimiu muitas outras obras
especialmente sermões e livros para o ensino
universitário.
LUBALIN, HERB - Tipógrafo, desenhador
gráfico e de tipos, que nasceu em 1918 nos
Estados Unidos e faleceu em 1981.
Fundador em 1970 a Type Face Corporation
(ITC) com Aaron Burns.Criou diversos
tipos de letra como o AvantGarde Gothic
(1970-1977), o Lubalin Graph (1974), o
Serif Gothic (1974).
LUFFT, HANS - Impressor e editor alemão
que trabalhou em Wittenberg a partir de
1523, que imprimiu e editou obras de
Lutero. Deu à estampa em 1534 a primeira
edição da Bíblia completa traduzida por
Lutero.
LUSCHNER, JOHANNES - Natural da
Saxónia, de Lichtenberck ou Lichtenberg,
imprimiu em Espanha a partir de 1495.
Entre 1495 e 1496 este associado com Preus,
Rosenbach e Rosenhayer e imprime em
Barcelona, de parceria com Preus uma edição
da Grammatica de Mates e o Doctrinale de Villa
Dei. Com Rosenbach, em 1496, dá à estampa
Modus epistolandi de Francisco Niger. Em
1498 imprime sozinho Quaestio de sudore sanguinis
Christi de Guillermus Petrus Comas, De
divinius laudibus de Johannes Jovianus
Pontanus, De regimine principium de Egidio
Romano e Horae secundum ordinem saneti
Benedicti.
Em 1498 muda-se para Montserrat e imprime
na Abadia até ao ano de 1500. Aqui imprime
Liber meditationum vitae D. N. Iesuchrist de S.
Buenaventura, e várias Bulas. Saem também
do seu prelo o Missale Benedictinum, em 1499,
de S. Benito, o Breviarium Benedictinum de
1500, e Processionarium também de 1500,
para além de outros textos.
Nos finais do ano de 1500 regressa a
Barcelona onde imprime em 1501 o Scala
Dei. Em 1502 imprime associado com
Spindler a Opus Aristotelis de muribus de
Leonardo Aretino. Depois imprime na
cidade catalã o Directorium Inquisitorum, de
1503, da autoria de Nicolás Eymerich, a
Grammatica de Nebrija, em 1505, e
Commentaria... super usaticis barchinone de
Jaime Marquiles, ao que se julga a sua última
impressão pois que faleceu em 1512.
LYRA, FRANCISCO de - É considerado um
dos mais importantes tipógrafos sevilhanos
da primeira metade do século XVII e também
um dos que mais obras imprimiu
naquele período. Os seus trabalhos apresentam
elevada qualidade gráfica. Também
exerceu a actividade de editor, tendo editado
várias obras, entre elas as Novelas ejemplares
de Cervantes.
Era membro de uma família de impressores
estabelecida em Portugal e aqui iniciou os
seus trabalhos como gráfico por volta do
ano de 1600. Em Sevilha começa a trabalhar
a partir do ano de 1611 e nesta cidade
imprimirá até à sua morte, ocorrida no ano
de 1650. Trabalhou em Sevilha em diversos
locais: Na Rua Colcheros, junto aos
Hércules de la Alameda, na Rua de las
Armas, na Rua Muela, e na Rua Sierpe.
A sua primeira impressão em Sevilha parece
ter sido o Sermón... a la muerte de... Margarita
de Austria, impresso em 1611, da autoria de
Andrés Garcia de Zurita, a que se seguiu o
Sermón de la Inmaculada Concepción de la
Virgen Maria, impresso em 1615, e En el dia i
celebridad de las Llagas del Seraphico P. S.
Francisco, também impresso naquele ano.
Entre os seus trabalhos mais importantes
destacam-se o Tratado de anginas, vulgo
garrotillo de Ildefonso Nuñez, impresso em
1615. Em 1618 imprimiu, em colaboração
com Alonso Rodriguez de Gamarra, os
Escritos de Francisco de Torreblanca.
Depois saíram do seu prelo as Rimas de
Juan de Jaúregui, Cronologia y repertorio de
la razón de los tiempos, de Rodrigo
Zamorano, executado em 1631, Encomio de
los ingenios sevillanos da autoria de Juan
Antonio Ibarra, impresso em 1623, Ignacio
de Cantabria de Pedro de Oña, dado à
estampa em 1639, Ordenanzas reales para
la Casa de Contratación de Sevilla de 1648.
Em 1641 esteve preso por imprimir sem
licença diversas obras tendo saído sobre
caução paga por Juan Román. Os seus últimos
trabalhos parecem ter sido o Sermón de
todos los Santos, de 1649, da autoria de
Francisco Vallejo, e Oración evangélica de
Santa Paula, impresso em 1650, escrita por
Pedro de Quirós.
LYRA, MANUEL de - Tipógrafo, possivelmente
espanhol, que trabalhou em Lisboa
nos anos de 1582 a 1593. Depois trabalhou
em Évora entre 1593 e 1609. Em 1608
imprimiu no convento de S. Domingos de
Évora a obra Ethiópia Oriental de frei João
Santos.
A marca deste impressor era Orfeu coroado
de louro tendo à sua direita um veado e à
esquerda um leão. Tudo estava rodeado por
uma oval tendo ao alto Diana reclinada
sobre um veado. Na parte inferior constavam
as iniciais do seu nome.
MADOU, JEAN-BAPTISTE - Impressor
litográfico belga da cidade de Mons que trabalhou
na Litographie Royale de Jobard e
que se consagrou como reputado artista litógrafo.
Vanderburgraaf encarregou-o de
litografar uma colecção sobre trajes populares
dos Paises Baixos e Jobard pediu-lhe
que fizesse uma série de litografias sobre o
traje belga antigo e moderno, militar, civil e
religioso, obra que acabaria em 1830.
Madou fez estampas de todos os formatos,
com vistas e cenas de cidades assim como
retratos de personagens e deu um contributo
decisivo para o desenvolvimento da
litografia na Bélgica, tanto no que respeita á
impressão de trabalhos comerciais como
trabalhos de criação artística.
MADERSTEIG, GIOVANNI - Impressor,
desenhador de caracteres e historiador italiano
nascido em 1892. Em 1922 criou em
Montagnola uma tipografia com o nome de
“Officina Bodoni”. Em 1927 foi o vencedor
do concurso organizado pelo Governo italiano
para escolher o impressor mais qualificado
para imprimir as obras completas de
Gabriele D’Annunzio. É o criador do caracter
fontana, que criou para a “Collins
Cleartype Press”, de Glasgow.
Recriou em 1929 os caracteres griffo e em
1931 criou os caracteres zeno. Também
criou os caracteres dante, mais tarde adaptados
para a composição mecânica pela
Monotype Corporation. Publicou vários
estudos históricos e obras sobre os grandes
calígrafos, impressores e gravadores de
punções. Em 1968 foi distinguido com o
prémio Gutenberg.
MADRAZO, JOSÉ MARIA - Impressor
litográfico espanhol que alcançou fama e
obteve privilégio por dez anos, de Fernando
VII, para imprimir litográficamente as melhores
pinturas das colecções reais.
MAHEU, DIDIER - Importante impressor
parisiense que trabalhou na cidade nas
primeiras décadas do século XV. De acordo
com o inventário da sua oficina, datado de
1520, possuía três prelos e oito fontes tipográficas
com muito uso.
MAKARII - Monge e impressor responsável
pela instalação da primeira oficina tipográfica
no Montenegro, em 1490, em Obod, a
qual foi depois transferida para Cetinje,
cidade situada a poucos quilómetros do mar
Adriático.
Alguns anos mais tarde, em 1508, o monge
impressor encontrava-se em Tergovise,
junto da voivodia da Valachia e da Moldavia,
e aí introduziu a imprensa de tipos móveis,
tendo impresso três livros litúrgicos em
1508, 1510 e 1512.
MALLEN, MARIANA - Comprovadamente
esta livreira e impressora francesa, casada
com Francisco Mallen, estava estabelecida
no Porto pelo menos desde 1793, com a designação
social de Viúva Mallen, Filhos e
Companhia. Até 1793 não sabemos a que
actividade se dedicou no Porto, mas a partir
dessa altura aparecem diversas obras dadas
à estampa na sua tipografia. Também não
sabemos quem, para além dos filhos, fazia
parte da sociedade impressória.
MANUTIO, ALDO - Impressor e editor italiano
que nasceu em Bassiano, nos estados
papais, provavelmente por volta de 1451.
Sabe-se pouco sobre Aldo Manutio antes de
ter atingido os quarenta anos de idade,
altura em que se tornou famoso pela sua
actividade editorial e impressória. Aldo
Manutio fez os seus estudos em Roma e
alguns estudos superiores em Ferrara. Em
1480, devido aos seus conhecimentos de
Latim e Grego, e às suas habilitações como
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professor, é nomeado tutor dos jovens
príncipes de Carpi, Alberto e Lionello Pio.
Durante alguns anos, Aldo percorreu o
caminho entre Carpi e Ferrara ensinando,
talvez, em ambas as cidades. No final do ano
de 1480, Aldo Manutio chegou a Veneza,
conseguindo um inatacável domínio na
impressão de livros latinos, especialmente
no lucrativo campo dos textos académicos e
litúrgicos. Aldo Manutio também leccionou
em Veneza continuando, no entanto, a estudar,
reunir manuscritos e dinheiro, e preparando
as impressões de textos que editará.
Mas condição sine qua non para
alcançar os seus objectivos era o de conseguir
o capital necessário. A circunstância
de ter impresso a sua gramática de Latim na
tipografia de André Torresani pô-lo em contacto
com uma das figuras de proa dos tipógrafos
de Veneza. Este tinha um negócio
próspero e a sua empresa era sólida, e é com
ele que Aldo fará parceria durante duas
décadas. Os primeiros trabalhos de impressão
da tipografia de Aldo apareceriam
em 1494, os poemas de Museu em grego e
latim, e a obra anónima em grego
Galeomyomachia.
No ano de 1495, em Fevereiro, Aldo
imprime a Erotemata, gramática de grego de
Constantino Lascaris. Até Julho de 1499,
dezoito das trinta obras impressas por Aldo
Manúcio eram gramáticas, textos e dicionários
gregos.
Com o intuito de tornar o livro acessível à
maior parte das pessoas, fazendo baixar os
custos de produção, Aldo resolveu editar
todas as obras consagradas em livros
pequenos, facilmente manuseáveis, a que
hoje chamaríamos edições de bolso.
Debaixo da sua orientação, os gravadores
executaram tipos pequenos, característicos
das suas edições, que possibilitavam imprimir
livros de pequeno formato e preço
acessível.
Um dos mais importantes trabalhos impressos
por Aldo foi o primeiro volume das
obras de Aristóteles, impresso em 1495, a
que se seguiram mais cinco volumes, ficando
a obra completa em 1498. Depois seguiuse
outra obra prima da imprensa aldina, a
famosa Hypnerotomachia Poliphili, escrita
pelo monge dominicano Francesco Colonna,
um fólio com duzentas e trinta e quatro folhas
e algumas ilustrações. Em Fevereiro de
1495, Aldo empregou pela primeira vez um
tipo romano de grande legibilidade, aplicado
na obra De Aetna, de Pietro Bembo, e que
mais tarde também serviu, apenas modificado
com a inclusão de novas letras maiúsculas,
na Hipnerotomachia. Em 1500, Aldo
mandou fazer aos seus fundidores uma série
de novos caracteres tirados dos punções
gravados por Francesco Griffo, de Bolonha,
mas que na altura residia em Veneza. Assim
se introduziu na tipografia a letra que hoje
chamamos de itálica, mas que também é
conhecida por aldina. Esta letra apareceu
pela primeira vez nas palavras de um título
de uma xilogravura da Epístola de Catarina
de Siena, impressa por Aldo em Setembro
de 1500. O primeiro livro impresso em itálico
foi a obra de Virgílio, impressa em Abril
de 1501, livro com 228 folhas em oitavo.
Depois seguiram-se uma grande série de
edições de textos latinos e italianos impressos
em itálico. Em Novembro de 1502 o
senado veneziano concedeu a Aldo Manúcio
privilégio para poder usar em exclusividade
o novo tipo itálico. Um mês depois, foi-lhe
outorgado pelo Papa privilégio semelhante.
Porém, estes seus cuidados valeram de
pouco, pois logo o seu tipo foi plagiado.
Em 1501, Aldo funda a denominada Academia
Aldina, uma organização de eruditos
à qual foram confiados a publicação de textos
clássicos. Entre 1510 e 1511, Aldo nada
imprimiu, tendo recomeçado em 1512 com a
ajuda do sogro, Andrea Torresani.
Aldo Manúcio teve sucessores e a sua empresa
gráfica e editorial sobreviveu mais de
cem anos, durante os quais deu à estampa
908 títulos diferentes. Faleceu em 1515.
MANSION, COLARD - Calígrafo que depois
se tornou impressor na Holanda. O primeiro
livro que imprimiu foi um tratado de Petrus
de Alliaco intitulado Le jardin de dévotion,
que não tem data mas que no colofão apresenta
os seguintes dizeres: primum opus
impressum per Collardum Mansion. Deve ter
sido terminado em finais de 1474 ou
começos de 1475. O primeiro livro com data
publicado por Mansion foi Dela ruyne des
nobles hommes et femmes de Boccaccio.
MARCHETTI, ACHILES - Salesiano italiano
que trabalhou em Portugal como mestre
impressor das Oficinas de S. José em Lisboa
e nas casas da Congregação no norte do país
e que se distinguiu na arte negra, razão
porque foi condecorado pelo governo de
Portugal. É o autor do Manual do Impressor
Tipográfico, obra em cinco volumes, o último
dos quais foi editado em 1960.
MARCHANT, GUY - Impressor em Paris
que juntamente com Jean du Pré muito contribuíu
para o desenvolvimento do livro
ilustrado em França. Em 1485 imprimiu o
seu primeiro livro ilustrado, a Danse
macabre, cuja primeira edição foi um
pequeno in-fólio de dez folhas com dezassete
estampas xilográficas e o texto impresso
com tipos semelhantes aos que Jean du
Pré utilizou nos seus missais. Imprimiu uma
Segunda edição com dezasseis folhas e seis
estampas adicionais. As figuras destas
estampas são todas masculinas. Posteriormente
publicou a Danse macabre des
femmes.
MARILLIER, CLÉMENT PIERRE - Gravador
francês do século XVIII, conhecido
por o desenhador do infinitamente pequeno.
Era especializado na gravação de vinhetas. A
sua melhor obra são as ilustrações para as
Oeuvres Badines do Conde de Caylus, publicadas
por Visse, em doze volumes, no ano de
1787.
MARÍN, PEDRO - Importante impressor
madrileno do século XVIII que, em 1781, imprimiu
a Gramática latina de Juan de Iriarte. À sua
morte a viúva e filhos continuaram com o negócio
da gráfica, tendo impresso, em 1797, Aventuras
de Gil Blas, ilustrado por Rafael Esteve.
MARIZ, ANTÓNIO de - Impressor e livreiro
da Universidade de Coimbra, que nasceu
naquela cidade em ano que não é possível
precisar. Nesta cidade teve desde 1556 loja
de livreiro e oficina de impressão na Rua das
Fangas, à porta de Almedina. Esta gráfica
ostentava o título de privilegiada da Universidade.
António de Mariz também teve oficina
em Braga, entre os anos de 1562 e 1569,
trabalhando para o Arcebispado. Em 1599,
fugindo à peste que assola Coimbra, mudou
a sua oficina de impressão para a vila de
Sernache dos Alhos, onde imprimiu a segunda
edição dos Diálogos de seu filho Pedro de
Mariz. Imprimiu ainda ocasionalmente em
Leiria, onde em 1575 imprimiu um
Passionarium.
É um dos três impressores que maior número
de edições produziram em Portugal,
no século XVI. Imprimiu mais de 90 obras,
algumas delas revelando elevado esmero e
gosto tipográfico.
Foi casado com Isabel João, filha do impressor
João Alvares, com quem tinha aprendido
a profissão. Imprimiu muitas obras de
boa qualidade gráfica, entre as quais missais.
Imprimiu também o livro das Regras
geraes e particulares da ordem de celebrar as
missas, os Comentarios sobre os oito liuros
dos phisicos de aristoteles, e o Flos
Sanctorum, entre outros.
O falecimento de Mariz deve ter ocorrido
nos últimos meses do ano de 1599, tendolhe
sucedido no cargo de impressor da
Universidade o seu genro, Diogo Gomes
Loureiro.
Como marca tipográfica usou, em algumas
edições, uma galinha rodeada de pintos,
tudo cercado por uma moldura oval e com a
legenda “Fervens amor” e as iniciais do seu
nome.
MARQUES ABREU - Desde muito novo
Marques Abreu manifestou a sua inclinação
para a arte de gravar pois que, ainda criança,
nas horas vagas dos seus afazeres de
aprendiz de farmacêutico, entretinha-se a
gravar em madeira carimbos e sinetes. Foi
empregado da oficina do francês Germano
Conrrège, o primeiro fotogravador em
Portugal, ao mesmo tempo que estudava na
Escola Industrial Faria de Guimarães.
Mais tarde empregou-se na Fotografia
Universal da Rua de Cedofeita, no Porto,
tendo privado com intelectuais de mérito
como João Augusto Ribeiro, Júlio Ramos,
Alves de Sousa, Soares Lopes e outros. Com
19 anos fundou as oficinas Marques Abreu,
ao mesmo tempo que trabalhava na secção
de gravura do jornal O Primeiro de Janeiro.
Este artista gravador dos princípios do século
XX foi também impressor tipográfico de
mérito. Em Maio de 1955 foi justamente
homenageado na Escola de Belas-Artes do
Porto. Em 5 de Janeiro de 1914, o Governo
da República, reconhecendo o mérito deste
artista, mandou inserir no Diário do
Governo uma portaria louvando Marques
Abreu e que expressa público testemunho
de louvor pelos serviços que prestou à causa
da Instrução Nacional.
Marques Abreu foi também professor e
director da Escola Infante D. Henrique,
onde eram leccionados cursos para a indústria
gráfica. Faleceu em 1958.
MARSCHALK, ANDREW - Introdutor da
tipografia no Mississipi, por volta do ano de
1798, explorou uma pequena oficina gráfica
perto de Natchez. Embora fosse originariamente
oficial do exército, teve uma longa
carreira gráfica durante cerca de quarenta
anos.
MARTÍN, ESTEBAN - Espanhol inscrito
como impressor (imprimidor) no dia 5 de
Setembro de 1539 na acta de vecinos del
Cabido de Méjico, como introdutor da
tipografia no México, em cuja capital teria
imprimido os primeiros livros até 1533, vários
anos antes de Juan Pablos. Contudo, a verdade
é que não se conhecem obras impressas por
Esteban Martín, razão porque Juan Pablos
continua a ser considerado o introdutor da
tipografia no Continente sul americano.
MARTÍNEZ, ANTONIO - Conjuntamente
com Alfonso del Puerto e Bartolomé Segura,
é considerado o primeiro impressor que deu
à estampa em Sevilha e o mais antigo
impressor de nacionalidade espanhola de
que temos notícia.
Terá iniciado a sua actividade em 1477, ano
em que, em conjunto com os companheiros,
imprimiu o Repertorium de Diaz de
Montalvo. Porém, há alguns autores que
defendem que a oficina sevilhana dos três
sócios impressores começou a trabalhar em
finais de 1472 ou princípios de 1473, tendo
impresso a Bula de Guinea e as que são conhecidas
por Bulas para la Catedral de
Sevilla.
Depois de, ao que parece, terem impresso o
Sacramental, em 1475 ou 1476, Antonio
Martinez, Puerto e Segura imprimem o
Reportorium... de Díaz de Montalvo que,
como se disse, é considerado por alguns
estudiosos como a sua primeira impressão.
Em 1477 e 1478, voltam a imprimir o
Sacramental.
A sociedade entre os três impressores deve
ter-se desfeito por volta de 1478 ou 1479,
pois que em 1480 Alfonso del Puerto e
Bartolomé Segura já não imprimem em conjunto
com Martínez.
MARTÍNEZ, FRANCISCO - Um dos principais
impressores madrilenos da primeira
metade do século XVII, que trabalhou na
cidade entre 1627 e 1645. Imprimiu quase
150 obras. Entre as suas impressões, de
temática variada, podem destacar-se
Diálogos de la pintura, de Vincencio
Carducho, a Origen y dignidad de la caza, de
Juan Mateos, e a Relación del juramento que
hicieram los reinos de Castilla y León al
Sermo. dom Baltasar Carlos, três obras que
contêm interessantes ilustrações. Imprimiu
ainda o D. Quijote de Cervantes em 1636-
1637 e De bene disponenda biblioteca, em
1631, um dos primeiros tratados espanhóis
de classificação de livros. Outros trabalhos
seus são Epitome de historias portuguesas,
de Manuel de Faria e Sousa, impresso em
1628, Orígen de los Monteros de Espinosa,
de 1632, de Pedro de la Escalera y Guevara,
e a segunda parte das Comedias, de Rojas
Zorrilla, impresso em 1645, e que é a sua
última impressão.
MARTINEZ, HENRICO - Impressor francês,
um dos últimos do século XVI, também
conhecido pela sua cultura erudita e conhecimentos
de cosmografia. Imprimiu vários
livros para os colégios da Companhia de
Jesus.
MASSON, PERRIN le - Gaulês da cidade de
Lyon que ali abriu oficina gráfica em 1479
e imprimiu a Bible latine. Depois, associado
com Boniface Jehan e Jean de Villevielle,
imprime muitas obras, nomeadamente uma
edição dos Institutes de Justiniano, em que
a paginação em colunas é considerada como
um modelo no género.
MATEVAD - Clã de impressores, também
conhecida por Mathevad, Mathevat ou
Matevan, que desenvolveu actividade tipográfica
em Barcelona durante o século XVII.
O fundador da oficina catalã foi Sebastián
Matevad, que trabalhou entre 1605 e 1641,
umas vezes só, outras acompanhado de outros
impressores, nomeadamente o seu
irmão Jaime ou com Honofre Anglada, com
quem imprime Theatro de los mayores
príncipes del mundo de Jaime Rebullosa.
Entre 1608 e 1609 imprime também de
parceria com Lorenzo Deu e entre 1621 e
1622 com Barbastro.
Com o seu irmão Jaime a parceria começa
em 1620 e só termina em 1641 com o final
da sua actividade. Entre 1610 e 1620 trabalha
sozinho.
Sebastián Matevad foi impressor da Universidade.
Entre as suas obras de impressão
podem destacar-se a segunda parte do
Quijote de Cervantes, impressa em 1617, e
Historia de S. Olaguer Arzobispo de
Tarragona, impressa no mesmo ano. Quanto
às obras que imprimiu de parceria com seu
irmão, destaca-se Felicíssima entrada del rey
nuestro señor en... Barcelona, de Pablo
Vallés, impressa em 1620, Sucessos y guerras
del infante Cardenal don Fernando de
Austria, de Diego de Aedo Gallart, impresso
em 1637, Cargos y preceptos militares para
salir com brevedad famoso y valiente soldado,
de 1639, da autoria de Lelio Brancaccio,
Guitarra española, de Juan Carlos Amat,
impresso em 1640. Sebastián Matevad faleceu
em 1641. A partir desta data, Jaime
Matevad imprime a sós, fazendo-o até 1644,
ano em que falece. Neste período imprime
Brev tractat de artelleria de Francisco Barra
e as Fábulas de Esopo, impressos executados
em 1642. Para além destas obras, executa
outros impressos menores. Entre 1644
e 1650 aparecem impressos assinados pela
viúva de Jaime Matevad e depois por
Catalina Matevad que se não sabe se é aquela
viúva, se uma descendente de Sebastian
ou de Jaime Matevad. A partir de 1659, os
trabalhos impressos ostentam no pé de
imprensa a menção “En Casa de”, “Casa
de”, ou outras similares, sendo certo que o
final da tipografia Matevad deve situar-se no
ano de 1687, embora alguns autores
defendam que ela só terminou a sua actividade
no ano de 1696.
MATTHIASSON, JÓN - Conhecido por
Svenski, o sueco, este impressor foi o
primeiro a montar oficina tipográfica na
Islândia e a imprimir neste país. A tipografia
foi montada em Hólar e em 1534 imprimiu
o Breviarium Holense. Embora não seja conhecido
nenhum impresso antes desta data,
a tipografia deve ter começado a funcionar
em 1530.
MATOS, FRANCISCO VIEIRA - Pintor e
gravador português conhecido por Vieira
Lusitano (1699-1783), protegido do Marquês
de Fontes e Abrantes, que foi para
Roma em 1712, onde estudou com Lutti e
Trevisani, tendo aí obtido o primeiro prémio
num concurso da Academia de São Lucas.
Regressando a Lisboa em 1719, entra para a
Irmandade de São Lucas e recebe várias
encomendas régias e também para a capela
de Santo António e São Roque. Em 1721
volta a Roma, onde executa trabalhos de
pintura, desenho e água-forte. É considerado
o melhor pintor português de meados do
século XVII.
MAYER, DIETRICH - Gravador de nacionalidade
suíça a quem se atribui, por volta
de 1620, a invenção do processo de gravar
conhecido por verniz mole.
McCREERY, JOHN - Irlandês que pelos
anos de 1780 fez a aprendizagem da profissão
gráfica em Liverpool e depois se estabeleceu
no ano de 1791. A partir de 1806
passa a imprimir em Londres. A elevada
qualidade gráfica do seu trabalho permitiulhe
trabalhar para conceituados editores
como Cadell, Davies e Longmans.
MELANTRICH, JIRI - Tipógrafo do século
XVI, impressor em Praga, discípulo de
Melanchton. Melantrich utilizou caracteres
tipográficos schwabach e antiqua. Na sua
oficina trabalhavam onze compositores
tipográficos. Imprimiu em checo, em 1549,
uma edição da Bíblia, para além de mais
cerca de duzentas obras. Antes de ser
impressor em Praga foi corrector em
Basileia, na casa de Johann Froben.
MELGAR, ALFONSO de - Tipógrafo que
trabalhou em Burgos, entre 1518 e 1525, e
que começou por ser empregado de Fradique
Biel de Basileia. Casado com a filha deste
tipógrafo, começou a dirigir a oficina gráfica
após a morte de Fradique. Estava instalado
na Rua de la Callera onde exerceu actividade
até 1525, ano da sua morte. Terá trabalhado
para o impressor Brocar entre 1508 e 1520.
A sua mulher, Isabel de Basileia, viria a casar,
após a morte de Melgar, com Juan de Junta.
Entre os seus trabalhos de impressão
podem destacar-se Reportorio de los tiempos,
de 1518, Historia de Paris e Viena, de
1524, Refranes glosados, também de 1524 e
Cuadernos de Cortes de Toledo, impressos
em 1525.
MENA, FRANCISCO MANUEL de - Impressor
espanhol do século XVIII, que imprimiu
o Mercurio histórico y político, Guía de
forasteros e a Gaceta de Madrid.
MENHART, OLDRICH - Famoso desenhador
moderno de tipos, de nacionalidade
checa, que nasceu em 1897 e faleceu em
1962. Em 1948 ganhou o Prémio Estatal
Checoslovaco de caligrafia, tipografia, desenho
de letras e de livros. Foi o criador de
vários tipos como o Figural (1940), o
Mnuscript (1944), o Uncial (1945), o Triga
para linotipia (1951), o Grazdanka (1952),
o Azbuka (1955), e o Standard (1959) este
último em homenagem ao seu amigo Paul
Standard, calígrafo nova-iorquino. Foi o
autor de diversas obras sobre tipografia.
MENTELIN, JOHANN - Impressor alemão
que trabalhou em Estrasburgo por volta de
1460 e a quem alguns atribuem a invenção
da tipografia. Foi seu sócio e sucessor o seu
genro Adolf Rush, cujo nome não aparece
em nenhum dos seus livros.
Publicou entre 1460 e 1461 uma Bíblia em
latim com 49 linhas e 850 páginas. Em 1466
imprimiu uma outra Bíblia em língua alemã,
a primeira não impressa em latim, que tinha
406 páginas. Esta obra, apesar de mal
traduzida, constituiu um grande êxito editorial
e foi usada até ao aparecimento da de
Lutero. Em 1477 imprimiu o poema épico
Parsifal, de Wolfram von Eschenbach, e
obras de Terencio e Valerio Máximo. Foi o
primeiro, ou um dos primeiros impressores,
a ter um catálogo das obras que imprimiu.
Faleceu em 1478, depois de cerca de vinte
anos de exercício da profissão e de ter
impresso cerca de trinta obras.
MEY - Família de impressores de origem flamenga,
que trabalhou em Valência desde
meados do século XVI até meados do século
XVII. O primeiro impressor com este apelido
é Juan Mey, ou melhor, Ian van Mey, natural
de Opprech, na Flandres, que impri-
miu na cidade entre 1543 e 1555. Contudo,
neste período também trabalhou em Alcalá
de Henares, embora de forma passageira. A
sua primeira impressão foi a Apologia de
Juan Bautista Anyes, de 1543, em que
aparece associado com Juan Baldovino.
Com a sua morte, em 1556, sucede-lhe à
frente da oficina a sua viúva Jerónima de
Gales, que mais tarde volta a casar com o
impressor Pedro Huete. Os trabalhos saídos
da oficina passam a conter, a partir de 1568,
o nome de Pedro Huete. Após a morte de
Huete, Pedro Patrício e Jerónima ficam à
testa da casa impressora até 1587. Depois

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